Ao decidir adiar o sonho de retornar ao Barcelona, Cesc Fàbregas deu o impulso necessário para reacender as esperanças dos torcedores do Arsenal. Porém, para recolocar os Gunners no topo da Premier League, o técnico Arsène Wenger ainda precisa completar três tarefas: contratar um goleiro de alto nível, repor a saída de quatro zagueiros (William Gallas, Sol Campbell, Mickaël Silvestre e Philippe Senderos; até o momento apenas Laurent Koscielny foi contratado) e a solução de um problema crônico, as constantes lesões que assolam o elenco.
Uma boa notícia é que Wenger ainda tem quase três semanas para contratar e eliminar as carências do grupo de jogadores. A ruim é que, na reta final da pré-temporada, os antigos problemas físicos reapareceram com toda força no Emirates Stadium. Seis jogadores, cinco deles meio-campistas, são dúvidas para a partida de estreia diante do Liverpool, em Anfield, no domingo. Parece muito? Um ano atrás, oito atletas desfalcaram o time na primeira rodada da Premier League, em confronto contra o Everton em Goodison Park.
Se a situação é crítica, ao menos Wenger tem o consolo de ter um elenco grande e de qualidade. Com exceção do centro da defesa, o técnico francês tem pelo menos duas opções para cada posição. Dá até para dizer que, com todos os jogadores no melhor da forma física, o grupo do Arsenal não fica atrás de nenhum outro clube da Premier League, com exceção do Manchester City.
Uma peça fundamental no quebra-cabeça de Wenger é Samir Nasri. O ex-jogador do Olympique de Marseille deve iniciar o jogo em Anfield na função reservada ao capitão Fàbregas, ausente em razão do retorno tardio aos treinamentos. A grande questão para o técnico virá a seguir. Qual a melhor forma de utilizar o atleta francês: no meio-campo, ao lado do próprio espanhol num trio que ainda contaria com o mais defensivo Alex Song, ou no flanco direito? Seja qual for a resposta, ela terá consequências para outros jogadores, principalmente Theo Walcott, Abou Diaby e Denílson, além de afetar todo o equilíbrio do time.
Embora Nasri não conte com o mesmo status de Fàbregas, Robin van Persie e Andrei Arshavin junto aos torcedores, a montagem da equipe titular passa obrigatoriamente por ele. Utilizado no meio-campo de um 4-3-3, com Walcott no flanco direito, o Arsenal passa a ser uma equipe muito mais ofensiva (e também mais vulnerável) do que aquela que conta com Diaby ou Denílson no centro e o marselhês como winger.
Na defesa, é esperado que Johan Djourou seja escolhido como parceiro de zaga de Thomas Vermaelen, baseado na convicção de Wenger de que todo estreante na Premier League precisa passar por um período de seis meses de adaptação. O belga pode ter sido alçado imediatamente aos titulares na última temporada, mas ele tinha ao lado o experiente Gallas. Na lateral-direita, Emmanuel Eboué pode receber mais oportunidades se Bacary Sagna não repetir os desempenhos da campanha 2007/08.
Preocupante é a situação dos goleiros. De acordo os jornais ingleses, Mark Schwarzer, do Fulham, seria o nome preferido, mas o australiano está nos planos do técnico Mark Hughes e só uma proposta superior a £ 2 milhões tira o jogador de Craven Cottage. Com isso, Manuel Almunia e Łukasz Fabiański brigam pela titularidade para o confronto de Anfield. Enquanto o espanhol não inspira confiança contra os adversários mais poderosos, o ex-arqueiro do Legia Warszaw tem um currículo que impressiona pela quantidade de erros grotescos. Wenger ainda poderia optar pelo jovem Wojciech Szczęsny, de 20 anos e experiência limitada à League One, onde defendeu o Brentford por empréstimo. Independente de quem for o escolhido, a crise da posição ganha ares de negligência por parte do manager do Arsenal.
O fato do clube não ter contratado um novo goleiro é ainda mais surpreendente se contrastado com a força do grupo de jogadores do Arsenal. Kieran Gibbs, um dos quatro atletas a sofrer fratura nas pernas na última temporada, retorna e deve criar uma disputa com Gaël Clichy pela lateral-esquerda, o recém-contratado Marouane Chamakh oferece uma competente alternativa a van Persie, enquanto Aaron Ramsey voltará aos gramados antes de dezembro. Mesmo os contestados Eboué e Nicklas Bendtner representam boas opções pela versatilidade.
O Arsenal é um enigma. Tão próximo da excelência, pela força do elenco e pela qualidade do futebol que joga, quanto da decepção, por teimar em não aprender com os erros. Saberá Wenger montar o quebra-cabeça?
Provável equipe titular (4-2-1-3): Manuel Almunia; Bacary Sagna, Thomas Vermaelen, Johan Djourou e Gaël Clichy; Alex Song e Cesc Fàbregas; Samir Nasri; Theo Walcott, Robin van Persie e Andrei Arshavin.
Provável equipe da estreia (4-3-3): Manuel Almunia; Bacary Sagna, Thomas Vermaelen, Johan Djourou e Gaël Clichy; Samir Nasri, Denílson e Abou Diaby; Theo Walcott, Marouane Chamakh e Andrei Arshavin.
Uma boa notícia é que Wenger ainda tem quase três semanas para contratar e eliminar as carências do grupo de jogadores. A ruim é que, na reta final da pré-temporada, os antigos problemas físicos reapareceram com toda força no Emirates Stadium. Seis jogadores, cinco deles meio-campistas, são dúvidas para a partida de estreia diante do Liverpool, em Anfield, no domingo. Parece muito? Um ano atrás, oito atletas desfalcaram o time na primeira rodada da Premier League, em confronto contra o Everton em Goodison Park.
Se a situação é crítica, ao menos Wenger tem o consolo de ter um elenco grande e de qualidade. Com exceção do centro da defesa, o técnico francês tem pelo menos duas opções para cada posição. Dá até para dizer que, com todos os jogadores no melhor da forma física, o grupo do Arsenal não fica atrás de nenhum outro clube da Premier League, com exceção do Manchester City.
Uma peça fundamental no quebra-cabeça de Wenger é Samir Nasri. O ex-jogador do Olympique de Marseille deve iniciar o jogo em Anfield na função reservada ao capitão Fàbregas, ausente em razão do retorno tardio aos treinamentos. A grande questão para o técnico virá a seguir. Qual a melhor forma de utilizar o atleta francês: no meio-campo, ao lado do próprio espanhol num trio que ainda contaria com o mais defensivo Alex Song, ou no flanco direito? Seja qual for a resposta, ela terá consequências para outros jogadores, principalmente Theo Walcott, Abou Diaby e Denílson, além de afetar todo o equilíbrio do time.
Embora Nasri não conte com o mesmo status de Fàbregas, Robin van Persie e Andrei Arshavin junto aos torcedores, a montagem da equipe titular passa obrigatoriamente por ele. Utilizado no meio-campo de um 4-3-3, com Walcott no flanco direito, o Arsenal passa a ser uma equipe muito mais ofensiva (e também mais vulnerável) do que aquela que conta com Diaby ou Denílson no centro e o marselhês como winger.
Na defesa, é esperado que Johan Djourou seja escolhido como parceiro de zaga de Thomas Vermaelen, baseado na convicção de Wenger de que todo estreante na Premier League precisa passar por um período de seis meses de adaptação. O belga pode ter sido alçado imediatamente aos titulares na última temporada, mas ele tinha ao lado o experiente Gallas. Na lateral-direita, Emmanuel Eboué pode receber mais oportunidades se Bacary Sagna não repetir os desempenhos da campanha 2007/08.
Preocupante é a situação dos goleiros. De acordo os jornais ingleses, Mark Schwarzer, do Fulham, seria o nome preferido, mas o australiano está nos planos do técnico Mark Hughes e só uma proposta superior a £ 2 milhões tira o jogador de Craven Cottage. Com isso, Manuel Almunia e Łukasz Fabiański brigam pela titularidade para o confronto de Anfield. Enquanto o espanhol não inspira confiança contra os adversários mais poderosos, o ex-arqueiro do Legia Warszaw tem um currículo que impressiona pela quantidade de erros grotescos. Wenger ainda poderia optar pelo jovem Wojciech Szczęsny, de 20 anos e experiência limitada à League One, onde defendeu o Brentford por empréstimo. Independente de quem for o escolhido, a crise da posição ganha ares de negligência por parte do manager do Arsenal.
O fato do clube não ter contratado um novo goleiro é ainda mais surpreendente se contrastado com a força do grupo de jogadores do Arsenal. Kieran Gibbs, um dos quatro atletas a sofrer fratura nas pernas na última temporada, retorna e deve criar uma disputa com Gaël Clichy pela lateral-esquerda, o recém-contratado Marouane Chamakh oferece uma competente alternativa a van Persie, enquanto Aaron Ramsey voltará aos gramados antes de dezembro. Mesmo os contestados Eboué e Nicklas Bendtner representam boas opções pela versatilidade.
O Arsenal é um enigma. Tão próximo da excelência, pela força do elenco e pela qualidade do futebol que joga, quanto da decepção, por teimar em não aprender com os erros. Saberá Wenger montar o quebra-cabeça?
Provável equipe titular (4-2-1-3): Manuel Almunia; Bacary Sagna, Thomas Vermaelen, Johan Djourou e Gaël Clichy; Alex Song e Cesc Fàbregas; Samir Nasri; Theo Walcott, Robin van Persie e Andrei Arshavin.
Provável equipe da estreia (4-3-3): Manuel Almunia; Bacary Sagna, Thomas Vermaelen, Johan Djourou e Gaël Clichy; Samir Nasri, Denílson e Abou Diaby; Theo Walcott, Marouane Chamakh e Andrei Arshavin.
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