O técnico do Tottenham Hotspur, Harry Redknapp, não perde o hábito. Sempre que vê um repórter, comenta aos quatros ventos o desejo de contratar este e aquele jogador, com objetivo nítido de criar efeito. No período de pré-temporada, o veterano manager já destacou que sonha com três novos reforços, numa demonstração de que a equipe atual ainda é um trabalho em progresso.
É compreensível que o presidente do clube, Daniel Levy, relute em fazer pesados investimentos. O elenco que conquistou a quarta posição na temporada 2009/10 continua intacto, sem uma única saída, e Redknapp tem um mínimo de dois jogadores para cada posição. Para completar, alguns reservas, como Niko Kranjčar, Jamie O'Hara e Peter Crouch, teriam vaga garantida em mais da metade das equipes da Premier League.
Ainda assim, é fácil entender o pensamento do técnico. Depois de uma nova leva de contratações, o Manchester City promete ser um adversário ainda mais poderoso e Redknapp começa a enxergar que, coletivamente, o ataque dos Spurs tem problemas. Ele quer e precisa de alternativas que ofereçam algo diferente. Mesmo que jamais tenha admitido abertamente, o manager sabe que nenhum dos quatro avançados do elenco (Jermain Defoe, Roman Pavlyuchenko, Robbie Keane e Crouch) é capaz de jogar sozinho na frente.
Keane teve queda técnica desde a passagem pelo Liverpool, Pavlyuchenko ainda sofre com a desconfiança de Redknapp, enquanto Defoe e Crouch parecem só render ao máximo quando atuam juntos. Por conta disso, os Spurs foram praticamente forçados a atuar no 4-4-2 na temporada passada. Com apenas o Young Boys, da Suíça, no caminho até a fase de grupos da Champions League, o técnico parece ter decidido que é preciso alterar o sistema tático.
"Eu acredito que você pode ter sucesso com o 4-4-2 na Premier League, pois a maioria dos times joga aberto, mas na Europa, e certamente nas partidas fora de casa por competições continentais, nós vamos precisar reavaliar o nosso estilo", disse Redknapp ao final de julho. "Chelsea e Arsenal não se classificaram para a Champions League com esse esquema, o Liverpool não atua fora de casa na Europa dessa forma. Nós estávamos usando um sistema muito ofensivo que não era realmente adequado para conquistar os resultados que precisávamos", completou.
A maior preocupação do técnico é a vulnerabilidade dos Spurs aos contra-ataques adversários. Por isso, Redknapp optou por dois médios-defensivos (Tom Huddlestone e Wilson Palacios) na pré-temporada, com a equipe frequentemente escalada no 4-2-3-1. A introdução do sistema explica por que o clube tentou contratar Scott Parker, do West Ham United, mesmo depois de anunciar a futura chegada de Sandro por £ 6 milhões,
O abandono do 4-4-2 também livraria Redknapp do dilema de escolher Gareth Bale, melhor jogador da reta final da Premier League 2009/10, ou Luka Modrić para atuar no flanco esquerdo. Nas últimas rodadas da temporada passada, o croata precisou ser deslocado para o centro do meio-campo quando o galês não era obrigado a atuar na lateral, na ausência de Benoît Assou-Ekotto.
A alternativa de alinhar o trio Aaron Lennon, Modrić e Bale, atrás de um único atacante, é superior a qualquer outra no atual elenco dos Spurs. Ciente disso e da proximidade do fechamento da janela de transferências, Redknapp parece cada vez mais desesperado. Até a chegada de um jogador capaz de ser referência ofensiva, o 4-2-3-1 não passa de uma ilusão.
Assim que consiga buscar o atacante desejado, o técnico deve partir atrás do objetivo secundário: Craig Bellamy, do Manchester City, ou Ashley Young, do Aston Villa. A contratação de um deles daria ao Tottenham Hotspur fartura de opções nos flancos. Com dois médios-defensivos, haveria proteção defensiva suficiente para o recuo de Bale para a lateral e a entrada do novo reforço no meio-campo, ao lado de Lennon e Modrić.
Duas contratações e os Spurs de Redknapp se transformam numa equipe formidável. Entretanto, o técnico ainda quer mais um nome, para o centro da defesa. Uma lesão crônica no joelho não permite que Ledley King possa jogar duas partidas por semana, enquanto Jonathan Woodgate preocupa pelas contusões que o afastam por longos períodos. Seria um investimento vital, caso contrário, numa temporada em que lutará em quatro frentes, o clube se tornaria refém das condições físicas de Michael Dawson e Sébastien Bassong.
Provável equipe da estreia (4-4-2): Heurelho Gomes; Vedran Ćorluka, Michael Dawson, Ledley King e Gareth Bale; Aaron Lennon, Wilson Palacios, Tom Huddlestone e Luka Modrić; Jermain Defoe e Roman Pavlyuchenko.
Equipe dos sonhos de Redknapp (4-2-3-1): Heurelho Gomes; Vedran Ćorluka, Jonathan Woodgate, Ledley King e Gareth Bale; Sandro e Wilson Palacios; Aaron Lennon, Luka Modrić e Craig Bellamy/Ashley Young; novo atacante/Jermain Defoe.
É compreensível que o presidente do clube, Daniel Levy, relute em fazer pesados investimentos. O elenco que conquistou a quarta posição na temporada 2009/10 continua intacto, sem uma única saída, e Redknapp tem um mínimo de dois jogadores para cada posição. Para completar, alguns reservas, como Niko Kranjčar, Jamie O'Hara e Peter Crouch, teriam vaga garantida em mais da metade das equipes da Premier League.
Ainda assim, é fácil entender o pensamento do técnico. Depois de uma nova leva de contratações, o Manchester City promete ser um adversário ainda mais poderoso e Redknapp começa a enxergar que, coletivamente, o ataque dos Spurs tem problemas. Ele quer e precisa de alternativas que ofereçam algo diferente. Mesmo que jamais tenha admitido abertamente, o manager sabe que nenhum dos quatro avançados do elenco (Jermain Defoe, Roman Pavlyuchenko, Robbie Keane e Crouch) é capaz de jogar sozinho na frente.
Keane teve queda técnica desde a passagem pelo Liverpool, Pavlyuchenko ainda sofre com a desconfiança de Redknapp, enquanto Defoe e Crouch parecem só render ao máximo quando atuam juntos. Por conta disso, os Spurs foram praticamente forçados a atuar no 4-4-2 na temporada passada. Com apenas o Young Boys, da Suíça, no caminho até a fase de grupos da Champions League, o técnico parece ter decidido que é preciso alterar o sistema tático.
"Eu acredito que você pode ter sucesso com o 4-4-2 na Premier League, pois a maioria dos times joga aberto, mas na Europa, e certamente nas partidas fora de casa por competições continentais, nós vamos precisar reavaliar o nosso estilo", disse Redknapp ao final de julho. "Chelsea e Arsenal não se classificaram para a Champions League com esse esquema, o Liverpool não atua fora de casa na Europa dessa forma. Nós estávamos usando um sistema muito ofensivo que não era realmente adequado para conquistar os resultados que precisávamos", completou.
A maior preocupação do técnico é a vulnerabilidade dos Spurs aos contra-ataques adversários. Por isso, Redknapp optou por dois médios-defensivos (Tom Huddlestone e Wilson Palacios) na pré-temporada, com a equipe frequentemente escalada no 4-2-3-1. A introdução do sistema explica por que o clube tentou contratar Scott Parker, do West Ham United, mesmo depois de anunciar a futura chegada de Sandro por £ 6 milhões,
O abandono do 4-4-2 também livraria Redknapp do dilema de escolher Gareth Bale, melhor jogador da reta final da Premier League 2009/10, ou Luka Modrić para atuar no flanco esquerdo. Nas últimas rodadas da temporada passada, o croata precisou ser deslocado para o centro do meio-campo quando o galês não era obrigado a atuar na lateral, na ausência de Benoît Assou-Ekotto.
A alternativa de alinhar o trio Aaron Lennon, Modrić e Bale, atrás de um único atacante, é superior a qualquer outra no atual elenco dos Spurs. Ciente disso e da proximidade do fechamento da janela de transferências, Redknapp parece cada vez mais desesperado. Até a chegada de um jogador capaz de ser referência ofensiva, o 4-2-3-1 não passa de uma ilusão.
Assim que consiga buscar o atacante desejado, o técnico deve partir atrás do objetivo secundário: Craig Bellamy, do Manchester City, ou Ashley Young, do Aston Villa. A contratação de um deles daria ao Tottenham Hotspur fartura de opções nos flancos. Com dois médios-defensivos, haveria proteção defensiva suficiente para o recuo de Bale para a lateral e a entrada do novo reforço no meio-campo, ao lado de Lennon e Modrić.
Duas contratações e os Spurs de Redknapp se transformam numa equipe formidável. Entretanto, o técnico ainda quer mais um nome, para o centro da defesa. Uma lesão crônica no joelho não permite que Ledley King possa jogar duas partidas por semana, enquanto Jonathan Woodgate preocupa pelas contusões que o afastam por longos períodos. Seria um investimento vital, caso contrário, numa temporada em que lutará em quatro frentes, o clube se tornaria refém das condições físicas de Michael Dawson e Sébastien Bassong.
Provável equipe da estreia (4-4-2): Heurelho Gomes; Vedran Ćorluka, Michael Dawson, Ledley King e Gareth Bale; Aaron Lennon, Wilson Palacios, Tom Huddlestone e Luka Modrić; Jermain Defoe e Roman Pavlyuchenko.
Equipe dos sonhos de Redknapp (4-2-3-1): Heurelho Gomes; Vedran Ćorluka, Jonathan Woodgate, Ledley King e Gareth Bale; Sandro e Wilson Palacios; Aaron Lennon, Luka Modrić e Craig Bellamy/Ashley Young; novo atacante/Jermain Defoe.
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